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(***)  TEXTO PRODUZIDO PELO FORNECEDOR DO SISTEMA SUCROENERGÉTICO SEM A INGERÊNCIA DO JORNALISMO DA REVISTA OPINIÕES

20 anos de história e geração de conhecimento
 

Marco Alasmar, Diretor Técnico da RAM Automação e Controle, comemora as duas décadas da empresa evolução tecnológica sucroalcooleira e diz estar pronto para atender o crescimento do setor. Abaixo o release preparado pela assessoria de imprensa da RAM Automação e Controle.

1. É possível pensar em alta produtividade nas usinas sem a tecnologia proporcionada pela automação?
Eu diria que hoje, com o nível de exigência do setor, é impossível pensar em uma usina sem tecnologia de ponta para controlar com rigor a sua produção. A tecnologia sempre esteve associada ao nosso meio, claro que não como a conhecemos hoje, mas como um reflexo do contexto e das limitações da época. Cada vez mais, as usinas precisam produzir em larga escala. Só na Safra 2014/2015, por exemplo, a expectativa de moagem chega a 580 milhões de toneladas. Imagine se as usinas não tiverem tecnologia para gerenciar todo o processo produtivo, de forma a controlar com muito critério as misturas da matéria-prima, prezando pelo baixo índice de perda? Somente a mão de obra humana é incapaz de monitorar toda essa cadeia de alta produtividade.

2. A RAM acompanhou de perto o desenvolvimento tecnológico da automação no setor. Em termos de tecnologia, o que mudou no setor desde a fundação da empresa?
Quando começamos, a maior parte das usinas era ainda automatizada com tecnologia pneumática, já que o preço da tecnologia eletrônica, analógica e digital era altíssimo. Além disso, os custos de engenharia em razão da pouca disponibilidade de mão de obra especializada, tanto para projeto como para manutenção, representavam um valor completamente fora da realidade na época. Evoluímos com a demanda por projetos com tecnologia digital. Fomos a primeira empresa a fazer um projeto greenfield com tecnologia digital, há sete anos em Goiás. Elaboramos do zero o plano de automação de uma usina utilizando rede digital no setor de produção. Foram mais de 3 mil devices, vários controladores, gatways e painéis de campo integrando os vários fornecedores de equipamentos. Na época, alguns de nossos profissionais tiveram a missão de buscar informações diretamente com os fabricantes e fornecedores de equipamentos com este tipo de tecnologia. O objetivo era montar um banco de dados que fundamentaria nossos estudos para projetar, instalar, checar as redes, investir em equipamentos de análise de redes industriais, capacitar, formar certificadores e, finalmente, colocar em prática. É um complexo processo de aprendizado, sem margem para erros. Hoje, estamos prontos para qualquer tipo de desafio com tecnologia e know-how de ponta, ao lado dos nossos parceiros. 

3. A RAM tem clientes em vários países da América Latina. Como foi a troca de conhecimento nesses países?
Nós temos conhecimento do processo de toda a cadeia produtiva em uma usina. Conhecimento gerado dentro da nossa casa, com os nossos colaboradores. Isso nos credenciou para assumir desafios fora do Brasil com empresas que enxergaram na RAM a possibilidade de importar tecnologia e conhecimento brasileiro. Nessas oportunidades, estabelecemos parceria e troca de informação com empresas francesas, inglesas e sul-africanas fabricantes de equipamentos para a produção de açúcar. Temos cases de sucesso também em empresas na Bolívia, México, Chile e Peru. Temos um grande diferencial, aqui produzimos e compartilhamos conhecimento. Ousamos dizer que a tecnologia em automação brasileira está muito bem representada fora do nosso país, com grandes parcerias. 

4. Quais os desafios do setor? Há mão de obra capacitada?
Podemos considerar que estamos ainda no nível de chão de fábrica, ou seja, ainda no nível produtivo. Não ascendemos para a integração com os sistemas de gestão industrial, manutenção, controle da produção e da produção programada. Ainda temos um longo caminho a percorrer com o que já temos instalado.  Os sistemas estão subutilizados, considerando as potencialidades de explorar questões simples, como parametrização e gerenciamento de alarmes que auxiliam na redução de OPEX, ferramenta de gestão de desvios de operação ou de produção e controle avançado para melhorar o desempenho das malhas de controle. Precisamos sair da simplicidade para alçar voos mais desafiadores. Muitos dos sistemas que colocamos em operação hoje, em muitos países possuem estas ferramentas, porém não são utilizadas pelo fato do próprio usuário não contemplar tais recursos na contratação dos serviços.

5. Podemos falar em disparidade entre o alto padrão tecnológico e as políticas públicas para o setor? O governo hoje é o principal desafio?
A expectativa de crescimento do setor está agora dependendo mais da política de preço da comercialização de energia de biomassa do que propriamente do produto final. Acredito também que o rearranjo na equiparação do preço entre etanol e gasolina é uma possibilidade imediata de avançarmos no consumo e consequente no aumento da melhoria da rentabilidade. Se isso acontecer, o nível de produtividade nas usinas aumentará de forma exponencial pela demanda nas bombas de combustível. Estamos desde já preparados com tecnologia de ponta para os novos desafios do setor.

6. A RAM comemora 20 anos no mercado e um museu vem sendo montado no interior de São Paulo para regatar a história da automação. Futuramente, o que as pessoas poderão encontrar nesse local?
Ainda estamos em fase de implantação. A ideia surgiu a partir da possibilidade de resgatar equipamentos, cuja tecnologia era o estado da arte na ocasião do projeto Proálcool, no final da década de 70. Os equipamentos que futuramente colocaremos à mostra representam a evolução da tecnologia pneumática. Alguns deles, como o controlador tipo caixa grande, computador e extração de raiz quadrada pneumática, controlador com circuito impresso pneumático, hoje não têm mais espaço nas usinas. Na época do uso dessas peças, os gerentes industriais recorriam aos gráficos para analisar o desempenho do processo nas últimas horas, ou seja, era meramente informativo. A gestão industrial ficava prejudicada porque não era possível tomar nenhuma decisão estratégica diante de uma instabilidade produtiva, já que o evento só seria identificado muitas horas depois. Era só chorar pelo leite derramado! Era muito comum, por exemplo, encontrar dezenas de metros de bobinas e de gráficos circulares nos corredores dos escritórios das usinas. As bobinas com as informações ficavam espalhadas e muitas pessoas analisavam cada item registrado. Tudo isso, hoje, não existe mais. Isso é bom. Atualmente, os sistemas de gestão identificam os desvios e já informam em tempo real para a tomada segura de decisões. Alguns sistemas mais evoluídos tomam, inclusive, as decisões sozinhas, sem interferência humana. Muitos dos que ingressam hoje nesse mercado nunca ouviram falar, por exemplo, em equipamentos pneumáticos. Daí a necessidade de mostramos o que um dia foi alto padrão de tecnologia e subsidiou o que conhecemos hoje por meio da automação e de softwares. Costumo sempre dizer que para prever o futuro é preciso conhecer as tendências do passado.


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Sobre a RAM: Há 20 anos no mercado sucroalcooleiro, a RAM Automação e Controle é uma das empresas que acompanhou o crescimento exponencial do setor no Brasil. Sediada em Barra Bonita (a 300 quilômetros de São Paulo), desde a sua criação, em 1994, colabora com os produtores do agronegócio ao oferecer soluções para melhorar a eficiência nos processos de produção. Fundada pelo empresário Marco Alasmar, a RAM é uma das mais competentes no mercado em consultoria e automação, com soluções completas de instrumentação de campo à implantação de sistemas de controle. “Temos um grande diferencial. Aqui [na RAM] produzimos e compartilhamos conhecimento”, ressalta o diretor-técnico. A RAM se mantém focada no setor sucroalcooleiro e investe permanentemente em tecnologia e inovações para o segmento.