Editor Chefe da Revista Opiniões
Op-AA-06
Um homem estava sentado próximo a uma árvore e observou que, em um de seus galhos, havia um casulo pendurado. Chegando mais perto observou que havia um pequeno buraco no casulo e por ele, naquele instante, uma borboleta começava a sair. Percebeu então que a borboleta fazia um esforço muito grande para passar por aquela abertura. Num dado momento ela parou, permaneceu imóvel e demonstrava não fazer mais nenhum progresso. Parecia que tinha desistido, que já havia ido o mais longe que poderia.
Então o homem decidiu ajudar a borboleta. Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente, mas seu corpo estava murcho, pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta. Ficou ali esperando que as asas se abrissem e esticassem para que fossem capazes de suportar o seu corpo em vôo. Nada aconteceu.
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não sabia, era que o esforço feito pela borboleta no momento da sua passagem pela pequena abertura do casulo, era o modo que Deus usava para transferir do corpo para as asas, o fluido necessário para criar e consolidar a estrutura das asas da borboleta, dando a ela a condição necessária para voar pouco tempo depois de sair do casulo.
Algumas vezes, o esforço e a perseverança é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem qualquer obstáculo, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar... Eu ouvi, através da televisão, um pequeno pedaço desta história, contada pelo Dr. Mário Covas, que lia um bilhete de encorajamento enviado por um cidadão que o admirava.
Ele era na época o governador do Estado de São Paulo e atravessava um momento muito difícil da sua vida. Estava internado em um hospital para uma cirurgia de um câncer, do qual não sobreviveria. Eu tive a oportunidade de conhecer de perto o Dr. Mário e, para mim, ele foi um dos homens mais íntegros, honestos, corajosos e valorosos que a nossa nação teve.
Desde então eu procurei ter uma cópia daquele conto. Passaram-se anos e somente há algum tempo atrás eu consegui. E, agora, quando pensava sobre o que escrever no editorial, lembrei-me do caso e resolvi transcrevê-lo. Ele mostra de uma forma clara o modo como Deus forja os seus homens, os seus guerreiros.
As vezes podemos reclamar para Deus - ou mesmo Dele, pelas coisas que Ele permite que nos aconteça, sem saber que, talvez, aquela dificuldade, seja um treinamento que Deus nos tenha preparado com muito cuidado, e, do outro lado, torce para que consigamos sair dele vitoriosos. Tenha Deus em seu coração por todos os momentos de sua vida.
Se forem alegres, curta. Se forem tristes, pense que talvez Deus esteja te treinando pois ele vai precisar de um homem mais forte em alguma batalha no futuro. Saiba que, se depender de Deus, você e Ele nunca estarão separados. Talvez eu devesse utilizar o Editorial da revista tão somente para descrever, de forma sintética, o que ela contém nesta edição, mas estaria escrevendo de maneira redacional, o próprio índice. Pouco útil.
Outra maneira seria destacar algumas matérias desta edição, mas aí estaria minimizando a importância das demais opiniões. Afinal são mais de 30 executivos, todos falando sobre tecnologia, cada um no seu bloco, representando as áreas de atuação de cada um deles, e, para não constranger nenhum destes homens que dedicaram o seu tempo a este projeto, melhor não seguir por este caminho.
Na edição passada eu escrevi sobre Talentos, dons e habilidades e foram tantos os emails e telefonemas que recebemos, que talvez seja esta a utilidade que devemos dar a este espaço. Talvez falar sobre princípios de conduta, seja um ótimo assunto de reflexão para o momento pelo qual passa nossa nação.
Boa leitura.
Até a próxima.
Fiquem em Paz.