A descentralização promovida por um mercado de bioenergia permite que regiões com abundância de biomassa, a exemplo do Centro-Oeste e do Nordeste, desenvolvam suas próprias cadeias produtivas. Ao gerar empregos locais, promove-se também a inclusão econômica, bem como o crescimento de pequenas e médias empresas de bioenergia, criando uma rede descentralizada de produtores, aumentando a resiliência do sistema energético brasileiro, tornando-o menos dependente de monopólios ou de eventos climáticos que o afetem.
Bioenergia, vantagem competitiva no comércio global: O Brasil tem a oportunidade de se destacar nesse cenário altamente competitivo por meio da descarbonização do meio ambiente e da bioenergia. Na verdade, esse pode ser um diferencial competitivo nas exportações brasileiras, atraindo investimentos e firmando parcerias estratégicas além de obter mais credibilidade e respeito em fóruns internacionais.
Ao integrar os mercados de bioenergia e de carbono, o Brasil permite que suas empresas ganhem mais competitividade vendendo créditos de carbono. Os créditos gerados pelas emissões de CO2, por sua vez, criam uma nova fonte de receita e podem consolidar o Brasil como um líder na transição energética mundial.
Três pilares: bioenergia, livre mercado e soberania nacional: É evidente que a soberania brasileira no setor energético não se resume à autossuficiência em recursos. Ela envolve a capacidade de inovar, competir globalmente e ser resiliente a crises externas. Somado à capacidade de inovação e às riquezas naturais, o Brasil pode garantir energia limpa e renovável e, também, fortalecer a economia, aumentar a competitividade internacional e consolidar a independência energética, contribuindo diretamente para sua soberania.