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Marta Berenguer Castro Luzbel

Coordenadora de Relações Institucionais da Fundação Odebrecht

Op-AA-13

Atrás do sonho de um mundo mais justo e solidário

Ao entrar na sede da Organização Odebrecht, onde as bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador estão sempre hasteadas, deparamo-nos com uma pequena reserva de Mata Atlântica. O verde encravado em meio à cidade grande exala ar puro e reconforta integrantes, clientes e parceiros. Um grupo de crianças passa acompanhado por professores da Universidade do Estado da Bahia.

Eles vão percorrer uma trilha ecológica e aprender sobre coleta seletiva, tratamento de água e outras ações de conservação ambiental. A recepção do prédio é, na verdade, um foyer que abriga sempre uma exposição aberta para visitantes. Neste espaço, é comum ver estudantes de todas as idades, desde os agitados alunos da alfabetização, até os concentrados universitários, sempre acompanhados de educadores, sorvendo novas informações.

Hoje, este espaço confunde-se com uma imensa capela, tendo, ao centro, um altar cedido pelo Instituto Feminino da Bahia. O que mais chama a atenção, no entanto, é o Núcleo da Cultura Odebrecht, uma espécie de museu, que abriga a história da família e da organização, começando pela imigração alemã para o Brasil e encerrando com a visão de futuro das empresas que compõem o grupo.

Boa parte do conteúdo é dedicado aos princípios e valores que compõem a Tecnologia Empresarial Odebrecht: o espírito de servir e o respeito ao ser humano, como início e fim de todas as coisas. Se é correto afirmar que se conhece o dono pela arrumação da casa, o edifício-sede reflete o que é a Organização Odebrecht, uma empresa social e ambientalmente responsável.

A Responsabilidade Empresarial – na qual a responsabilidade social e ambiental inserem-se – é praticada pela Organização desde a sua criação, em 1944, sendo parte integrante da Tecnologia Empresarial Odebrecht. Ela é o fundamento da maneira da Odebrecht fazer negócios. É também a dimensão transformadora que sustenta e confere sentido às razões de existir de Organização: servir Clientes e compartilhar a riqueza gerada entre os Acionistas, os Integrantes, o Estado (através do pagamento de impostos) e as Comunidades onde estamos presentes.

As equipes da Organização Odebrecht participam de projetos nos campos econômico, social, ambiental e cultural, no Brasil e nos demais países em que atuam, gerando riquezas, criando novas oportunidades de trabalho, desenvolvendo tecnologias e, principalmente, servindo a seus Clientes e proporcionando-lhes serviços e produtos da mais alta qualidade.

Neste contexto, a Fundação Odebrecht exerce importante papel, como braço social da Organização. Criada por Norberto Odebrecht, em 1965, foi uma das primeiras fundações empresariais do Brasil e uma das primeiras a eleger o adolescente protagonista, como foco de sua contribuição. Desde 1988, dedica-se a contribuir com a Educação dos Jovens para a Vida, pelo Trabalho e para Valores. Hoje, o Jovem da zona rural é sua prioridade.

Partindo de Salvador rumo ao sul, cruzando de ferry boat a Baía de Todos os Santos e percorrendo de carro mais umas duas horas pela BA-001, chega-se a uma região formada por 11 municípios, onde vivem 250 mil pessoas, a maioria Jovens: o Baixo Sul da Bahia. Nesta região, onde as riquezas naturais e o potencial agrícola convivem com a pobreza e o analfabetismo, que limitam seu desenvolvimento, a Fundação está apoiando o Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Baixo Sul da Bahia, DIS Baixo Sul.

O conjunto das iniciativas que compõem o DIS Baixo Sul visa transformar a realidade de famílias de Zonas Rurais, inseridas em áreas de risco ambiental. O desafio é construir um modelo de manejo sustentável de Áreas de Proteção Ambiental, APA, por intermédio do fomento, concomitante e articulado, dos Capitais Ambiental, Produtivo, Humano e Social.

Ajudando a formar uma nova classe média rural, estruturada para a vida produtiva, educada e saudável, a Fundação Odebrecht contribui não somente para a conservação ambiental, mas também para a realização pessoal e profissional de jovens, nos lugares onde nasceram e querem viver. É o caso de Ailton, Celeste, Carlos, Aline, Graziane, Frederico, Tatiane e de tantos outros jovens que se beneficiam dos doze projetos que compõem o DIS. Na Casa Jovem, por exemplo, os alunos têm acesso à educação rural de qualidade. Já nas Casas Familiares Rural, do Mar e Agroflorestal, eles são educados pelo trabalho e formados para atuar como empresários rurais ou agentes de desenvolvimento local.

Estas Casas Familiares estão vinculadas às Cadeias Produtivas da Mandioca, do Palmito de Pupunha, da Aqüicultura e da Piaçava, onde suas famílias têm acesso ao trabalho digno, à renda e ainda recebem assistência de outras organizações, responsáveis por promover a cidadania e a conservação do meio ambiente. Ao todo, mais de duas mil famílias já foram beneficiadas pelas ações, que acontecem de forma integrada e sinérgica.

No espírito da Tecnologia Empresarial Odebrecht, a Fundação dedica tempo, presença, experiência e exemplo, para ajudar na profissionalização e no fortalecimento das instituições locais que apóia. Mais do que investidora, atua como um agente catalisador de outros parceiros, financiadores e apoiadores técnicos, públicos ou privados, ligados à Odebrecht ou não, organizações diversas, que queiram sonhar (e realizar) com ela, o sonho de um mundo mais justo e solidário.