Diretor Comercial da Metalúrgica São José
Op-AA-06
Freqüentemente, ao participarmos de palestras sobre equipamentos para cozimento de caldo de cana, o foco da apresentação quase sempre está nos avanços aplicados nos cozedores, tachos, com o objetivo de melhorar a qualidade do produto, com redução de custos e energia. Porém, os conceitos básicos dos cozedores não mudam, o que se procura é uma performance melhor, através de projetos e pesquisas.
Até há muito pouco tempo atrás, os cozedores, de maneira geral, tinham o corpo com diâmetro maior que a caixa tubular e na parte superior um domo, com diâmetro bem menor que o corpo. Tinham também o fundo cônico. Observa-se que ainda hoje encontramos cozedores operando com este perfil. Atualmente, o mesmo equipamento tem no seu corpo o mesmo diâmetro da caixa tubular, com tampos e fundos torisféricos, melhorando desta forma seu performance. Além das melhorias nos antigos projetos, tivemos também a introdução de novos modelos de cozedores, vejamos alguns exemplos:
Como podemos notar, as variedades de cozedores que hoje encontramos no mercado são muitas e, às vezes, surgem dúvidas quanto ao tipo de cozedor que devemos utilizar, de batelada ou contínuo. Pelas pesquisas e acompanhamento feito em diversas usinas, verifiquei que para a massa A e refinado os cozedores devem ser do tipo batelada, com tubos com diâmetro de 4”, podendo ainda ser instalado um agitador mecânico, que contribui na obtenção de cristais mais uniformes.
Para as massas B e C, os cozedores podem ser do tipo batelada ou contínuo, sendo que os contínuos apresentaram resultados satisfatórios, além de operarem com vapor de aquecimento de menor temperatura e maior transferência de calor. Mas qualquer que seja o tipo de cozedor escolhido, é necessário que seja feita uma análise criteriosa nos projetos, pois para um bom cozimento, além do operador, é preciso que o equipamento seja bem projetado, para obter uma boa circulação da massa, imprescindível para a qualidade do açúcar.
Alguns parâmetros devem ser considerados para se obter um bom desempenho dos cozedores, tais como: formato do fundo, superfície de aquecimento, diâmetro dos tubos, pressão do vapor, saída de gases, saída do condensado, propriedade da massa e vácuo produzido. No que se refere à saída de gases e condensado, às vezes não é dada a devida importância quanto aos seus diâmetros, quantidade e posição da caixa tubular em relação a entrada de vapor.
O mau dimensionamento destas tomadas prejudicam a transferência de calor e atua como isolante térmico, diminuindo a temperatura do vapor. Alguns conceitos e cuidados importantes para o cozedores de Batelada;
Algumas vantagens dos cozedores contínuos: