O trabalho com a terra exige, cada vez mais, o emprego da tecnologia e atenção à formação da lavoura, com o objetivo de permitir o implemento de uma rotação de culturas que permita também que este manejo traga as melhores condições, a fim de atingir os melhores resultados. Não é exagero afirmar que, neste assunto, a Raízen também tem percorrido o caminho da sustentabilidade em largas passadas nesta safra que se inicia. Sendo assim, vejamos:
No caso da produção de açúcar e etanol, devemos destacar o uso da vinhaça na adubação do canavial. Esse exemplo permite dizer que quase a totalidade das nossas lavouras recebem adubação orgânica em detrimento da adoção de fertilizantes minerais, que têm sido reduzidos safra após safra. O resultado dessa ação é que o solo não é sacrificado, dado a preocupação contínua da companhia de devolver-lhe os nutrientes para fortalecê-lo.
A companhia tem como prioridade garantir que não apenas a vinhaça, mas também outros resíduos resultantes da produção industrial contribuam para incrementar a produção de biomassa, com destaque especial para compostagem e enriquecimento realizado com a torta-de-filtro nos pátios de compostagem, visando principalmente a nutrição do plantio. Os trabalhos realizados com os resíduos orgânicos, assim como todo manejo executado, têm como objetivo melhorar a fertilidade do solo e, desta forma, incrementar a produtividade agrícola de forma sustentável.
Além da aplicação da vinhaça, outra estrela das nossas lavouras são os fertilizantes foliares aéreos. Essa tecnologia tem sido aplicada pelo setor de açúcar e etanol há pelo menos uma década, mas na Raízen ela tem atingido status de excelência, safra após safra.
Há dois pontos fortes em termos de produção de açúcar e etanol que passam pela adubação biológica e pela irrigação, em que a companhia tem sido reconhecida como um importante player no mercado.
No caso da adubação biológica, em que já investimos R$ 30 milhões, têm sido desenvolvidas biofábricas com produção de micro-organismos benéficos para o canavial. Esse item tende a ganhar mais espaço no setor, com oportunidade para mais aproximação com universidades no futuro.
A irrigação também é um item em expansão em relação a técnicas de pivô, gotejamento e aspersão de salvamento. A companhia está entre as que mais investem no segmento, com destaque para o polo Araçatuba e a região de Andradina. Também, temos desenvolvido parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.
Entre novembro e janeiro, época de mais chuvas (e também de maior crescimento das plantas) a Raízen desenvolve fórmulas que aliam produtos como nitrogênio, molibdênio, boro e zinco; e isso tem contribuído para o incremento da safra. A companhia tem utilizado essa técnica em cerca de 60% de seus canaviais próprios.
A aplicação aérea, com a reunião de nutrientes, pode ser comparada a uma “injeção na veia” das lavouras, o que permite um retorno entre seis e doze toneladas por hectare.
Nossa meta é garantir que toda matéria-prima seja aproveitada para permitir a rotatividade da terra. Futuramente, nossa intenção é que a maior parte das fazendas da Raízen com boa performance tenha um maior número de cortes, atingindo um nível de excelência com produtividade na casa das 80 milhões de toneladas moídas.
É importante salientar que todo esse trabalho não se restringe apenas aos canaviais próprios da Raízen. Nosso alvo é que os fornecedores de cana da companhia tenham acesso a essas técnicas. A adubação foliar, na qual já investimos R$ 45 milhões, é uma das mais desenvolvidas. A replicação desses modelos sustentáveis em mais áreas deve contribuir para aumentos significativos de produtividade e de oferta de matéria-prima.
À medida que se consegue recompor a microbiota da lavoura é possível contar com um canavial mais produtivo, resiliente e sustentável. Esse é um objetivo permanente da Raízen; e também um dos pilares de nosso sucesso na produção de açúcar e etanol.