A BR Distribuidora, empresa do Sistema Petrobras, atua há 33 anos integrada à logística da controladora, industrializando, distribuindo e comercializando derivados de petróleo e álcoois, através de uma complexa estrutura logística, formada por 68 bases de distribuição, 8 Centros Coletores de Álcool e Terminais Ferroviários, utilizando-se dos modais dutoviário, rodoviário, ferroviário e fluvial.

Presente em todo o território nacional com uma rede de 7 mil postos de serviço, a BR vende, anualmente, 28 milhões de m³ de combustíveis, através 1,2 milhão de pedidos de entregas. Este volume dá a BR a participação de 33% do mercado brasileiro de combustíveis, 22% do mercado de Álcool Anidro e 16% do mercado de Álcool Hidratado.

Proálcool, modelo mundial: Programa genuinamente brasileiro e pioneiro em todo o mundo, o Proálcool surgiu em 1975, na busca de um programa de combustível alternativo ao Petróleo, devido à grande crise no abastecimento mundial em 1973.

O Sistema Petrobras foi o principal agente utilizado pelo Governo Federal na estruturação do projeto, construindo uma complexa estrutura logística de armazenagem e transporte necessária ao sucesso do programa, envolvendo-se desde os testes em motores, em parceria com a indústria automobilística, à estudos de movimentação e armazenagem do produto, em conjunto com as Distribuidoras e Produtores.

A estrutura disponibilizada, onde se inclui até a frota marítima, permitiu que os custos do álcool fossem minimizados a ponto de tornar-se competitivo com o da gasolina. Hoje, a Petrobras, em função da experiência adquirida nesta fase, coloca-se como o trader mais competitivo na comercialização de álcool para o mercado externo, em condições de prestar consultoria na implantação de programas assemelhados em escala nacional, envolvendo as questões de logística integrada, legislação, tributárias, comercial e técnica.

Prospecção de mercado externo: Visando assegurar a viabilização de projetos de consultoria para implantar o Proálcool em países com real potencial de consumo, foi formado um grupo de trabalho, envolvendo a BR (compra e distribuição), o CENPES (pesquisa e qualidade) e a Transpetro (transporte). Países como a China, Japão, Coréia do Norte, Índia, Tailândia, Suécia, Suíça, Alemanha, Colômbia, Costa Rica e Equador, já demonstraram interesse.

Infra-Estrutura para exportação: O álcool é recebido nos terminais rodoviários e ferroviários da BR, transportado pelos dutos da Transpetro e armazenado para formar escala para embarque para o exterior. Os 8 Centros Coletores de Álcool por via rodoviária, com capacidade de armazenamento de 90 mil m³, estão localizados próximos aos centros produtores de álcool.
Através da malha ferroviária, o produto pode atingir os portos de Paranaguá e Santos, bem como o terminal ferroviário de Paulínia, interligado à malha dutoviária da Transpetro, com acesso ao porto do Rio de Janeiro.
 
Viabilizando as exportações: Existem três questões fundamentais para viabilizar as exportações: a produção sem risco de desabastecimento; firmar contratos de longo prazo que assegurem os investimentos em infra-estrutura local, e o estabelecimento de preços internacionais adequados.

No que se refere à infra-estrutura, são necessários: a ampliação da tancagem e melhoria no sistema de descarga e expedição nos Centros Coletores de Álcool; da malha e desvios ferroviários, bem como tração e vagões; as facilidades portuárias – principalmente nos portos de maior calado (São Sebastião e Rio de Janeiro), tancagem, linhas de recebimento e expedição; dutos, estações de bombeamento e tancagem intermediária desde as regiões de produção até os terminais aquaviários, e um sistema de movimentação exclusiva para álcool (alcoolduto) aproveitando as áreas de servidão dos polidutos de derivados de petróleo.