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Luiz Lacerda Biagi

Diretor da Sermatec

Op-AA-13

Fundação Primeiro Mundo

Meu avô, Pedro Biagi, preocupava-se muito com a educação. Estimulava e ajudava muitas pessoas a estudar, através de bolsas. Muitas vezes hospedando, em sua própria casa, durante anos, amigos ou parentes para que pudessem completar algum curso e facilitar suas carreiras. No ano de 1936, quando meu pai foi para a Usina Santa Elisa, construiu um grupo escolar, onde eu e meus irmãos fizemos os primeiros quatro anos fundamentais.

Todas as crianças que moravam na usina, naquela época, eram obrigadas a estudar. Quando vim morar na Fazenda Cravinhos, comecei a pensar no que eu poderia fazer para ajudar jovens talentosos a estudar. Na época, conversei com muitas pessoas, trocando idéias, ouvindo opiniões. Eu tinha como objetivo propiciar condições para que indivíduos com inteligência acima da média e que tivessem como traço de personalidade o idealismo, pudessem desenvolver suas habilidades.

Depois de muita reflexão, no ano de 1989, consolidou-se a idéia da estruturação de uma fundação, que recebeu o nome de Fundação Primeiro Mundo, e trabalharia com o objetivo e missão de formar profissionais, para serem destaque em suas áreas de atuação e fossem multiplicadores no mercado. Apresentamos esta proposta para algumas empresas próximas, que assumiram o projeto e se tornaram parceiras na visão.

Para serem selecionados como bolsitas, estes jovens devem ter, como pré-requisitos, recursos intelectuais acima da média, serem altruístas, criativos, com muito idealismo, vivacidade e rebeldia. É preciso também que sejam inconformados, com vontade de mudança, crescimento profissional e capacidade de realização, que fará a diferença em suas profissões no futuro.

Como nosso objetivo é identificar pessoas talentosas, os candidatos às bolsas de estudos são avaliados através da análise dos históricos escolares, de aplicação de testes psicológicos e entrevistas. Por fim, vamos visitar a família do candidato para saber se ele tem o apoio dos pais. Este processo dá base para que a Fundação Primeiro Mundo possa investir, acompanhar e firmar um compromisso moral com estas pessoas, que serão multiplicadores do lema desta Fundação: “Uma pessoa faz a diferença”.

Os bolsistas são avaliados trimestralmente e a nota mínima exigida é 7. O empenho é o combustível destes jovens e a excelência é o alvo geral dentro das profissões que escolheram. Faz parte do programa da Fundação o acompanhamento ao bolsista até o primeiro emprego, procurando obter os estágios necessários, durante o período de graduação.

Nos vinte anos de sua existência, já foram formados mais de 1.000 bolsistas, que hoje ocupam cargos importantes e de destaque em diversas áreas, como juízes, promotores, médicos, biólogos, arquitetos, engenheiros, economistas, administradores de empresas, publicitários, nutricionistas, músicos, bailarinas, dentre muitas outras áreas.

Ao longo do tempo, consolida-se nestes bolsistas um perfil idealista para a mudança do meio no qual estão inseridos, participando ativamente de iniciativas que possam resultar na melhoria da condição de vida de sua comunidade. Hoje, a Fundação é mantida pelas empresas Cia de Bebidas Ipiranga, Sermatec, Renk Zanini, Sorocaba Refrescos, Cibrapar Veículos de Araraquara, Araçatuba e Bauru, B5 e pela Sra. Edilah Lacerda Biagi.