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Alexandre Bellarde

Gerente de Negócios Industriais da ExxonMobil Lubricants & Specialties

Op-AA-07

A era dos lubrificantes sintéticos

A sedenta busca por energias renováveis, não agressivas ao meio ambiente, faz com que o segmento sucroalcooleiro surja, neste contexto, como uma das principais soluções para o futuro. Enquanto o mundo encontra-se cada vez mais preocupado com os níveis das reservas de petróleo, os especialistas depositam na cana de açúcar a real alternativa energética para a humanidade.

A todo instante encontramos, nos principais meios de comunicação, países de todos os continentes interessados em nossas tecnologias e métodos de aplicação do produto álcool. O Brasil – com o imenso potencial geográfico, condições climáticas e conhecimento do setor – tornou-se o grande pilar de sustentação para as novas demandas mundiais.

Entretanto, esta demanda tem seu preço. Para atender esta necessidade, os períodos de safra tornaram-se mais longos, diminuindo, conseqüentemente, o tempo disponível para a manutenção dos parques industriais. Em algumas delas, atualmente, restam apenas 90 dias para a preparação para a safra seguinte. Nesta ciranda produtiva, modernos sistemas de manutenção destacam-se como ótimas ferramentas para minimizar o impacto “tempo”.

A aplicação de filosofias de manutenção adequadas e a utilização de peças e serviços de alta qualidade vêm, ano a ano, diminuindo a quantidade de equipamentos sujeitos a reparos. Dentro do cenário melhores práticas, uma das variáveis importantes é a lubrificação. Nada adiantaria adotar medidas de manutenção eficientes, adquirir os mais modernos desenvolvimentos em peças, se não houver uma profunda conscientização na lubrificação.

A escolha correta do lubrificante e seus métodos de aplicação garante o perfeito funcionamento do equipamento. Em linha com as necessidades do segmento, a ExxonMobil tem conscientizado os mais diversos setores da cadeia produtiva sobre os benefícios da aplicação de lubrificantes sintéticos. Estes são desenvolvidos a partir do resultado de uma reação química entre componentes de baixo peso molecular, que por este motivo apresentam características físico-químicas diferenciadas, como moléculas isentas de contaminantes (enxofre, fósforo, nitrogênio, dentre outros).

Ao contrário dos óleos minerais, que possuem uma complexa mistura de moléculas de carbono, os fluídos de base sintética têm uma estrutura molecular controlada, que lhe assegura uma ampla gama de propriedades específicas. Além de resistir a operações em altas temperaturas e a severas condições de trabalho, apresentam excelente estabilidade à oxidação. Lubrificantes sintéticos trazem grandes benefícios financeiros nas aplicações que exigem alto desempenho e que estão sujeitas a temperaturas extremas, operações prolongadas e cargas pesadas.

Experiências bem-sucedidas têm mostrado o cancelamento da necessidade de desmonta-gem/reparos em equipamentos, minimizando o impacto de mão-de-obra e reduzindo custos. A aplicação de produtos desta natureza é inevitável. A maioria das usinas possui equipamentos dimensionados para moagens da década de 80. Para suportar as atuais exigências de produção, somente a utilização de lubrificantes sintéticos evitará o aparecimento/estagnação dos desgastes, principalmente, nos grandes acionamentos (engrenagens bi-helicoidais, dentes retos, redutores). 

O produto Mobilgear SHC-3200, aplicado nos redutores DRB da Usina São João de Araras, completou, na safra de 2005, uma década sem troca. O equipamento tem sido submetido apenas a inspeções anuais. Outro ponto de preocupação da sociedade é o impacto ambiental que os descartes com lubrificantes podem causar ao meio ambiente. Produtos desta natureza reduzem este risco, com a necessidade de menores volumes, períodos de troca mais longos e formulações ecologicamente corretas.

Estamos trabalhando de forma intensa na eliminação de produtos de base asfáltica, altamente nociva ao meio ambiente e muito utilizada na lubrificação dos mancais dos rolos das moendas. A utilização do Mobilgear SHC-6800 reduz o consumo em dez vezes, quando comparado a lubrificantes asfálticos, proporciona menor contaminação do caldo e do meio ambiente e, devido à sua coloração clara, torna o local de trabalho mais limpo.

Para produzir o tão desejado álcool é necessário que se tenha cana e esta tarefa está sob a responsabilidade do setor agrícola. Os caminhões e máquinas trabalham dia e noite para alimentar a fome das moendas. Estes veículos precisam de manutenção e nem sempre o local onde se encontram é o mais adequado para uma troca de óleo.

Lubrificantes sintéticos para motores de combustão interna começam a ganhar seu espaço. Demonstrações de desempenho com Mobil Delvac 1 em caminhões canavieiros e máquinas agrícolas proporcionaram uma redução de 3% a 4% no consumo de óleo diesel e um aumento no período de troca cinco vezes maior das praticadas atualmente. Hoje é possível uma colhedeira de cana efetuar apenas uma troca durante toda a safra.

Sonda americana New Horizons decola de Cabo Canaveral, Flórida, para sua viagem de uma década rumo ao planeta Plutão, no limite da fronteira do Sistema Solar e, segundo uma notícia publicada na Folha de São Paulo em 20/01/2006, foi utilizado em seu sistema lubrificantes sintéticos, assemelhados ao aqui destacados, como o único capaz de suportar as condições de uma viagem como esta.