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Marcos Virgílio Casagrande

Gerente-Técnico de Produto do CTC

Op-AA-32

Variedades CTC para as regiões de Assis, São José do Rio Preto, Araçatuba e Jaú

Colaboração: David Augusto Peixoto Casiero

Comparando-se a produtividade do Centro-Sul para a cana própria comercial, produzida durante a safra 2011, observa-se que, na média, as variedades CTC proporcionaram um ganho de 13 toneladas de cana/ha em relação às cinco variedades não protegidas mais plantadas no Brasil. Quando a comparação é feita para ATR, verifica-se que as variedades CTC proporcionaram um incremento de duas toneladas/ha aos produtores.

Região de Assis: O sucesso de uma variedade de cana-de-açúcar na região de Assis está diretamente relacionado à sua adaptação à mecanização e, nesse contexto, as variedades do CTC se destacam. Com um crescimento expressivo nas áreas de usinas e fornecedores da região, a variedade CTC4 agrupa diversas características agronômicas desejáveis, tais como alta produtividade, tolerância à seca, longevidade, riqueza e adaptação ao plantio e colheita mecanizados.

Com maturação semelhante a SP81-3250, a CTC4 surgiu como uma ótima opção para dividir espaço com essa variedade e, por proporcionar elevado retorno econômico e garantir a longevidade dos canaviais, a CTC4 tem sido uma das variedades mais plantadas na região.

Há que se ressaltar a procura por variedades com características desejáveis para os plantios de cana de ano e inverno na região. Nesses casos, a CTC7 aparece como a principal opção de cultivo, devido ao seu rápido crescimento inicial e ausência de florescimento. Com excelente adaptação ao plantio mecanizado e brotação sob a palha, bem como alta produtividade e riqueza no início e meio de safra, a CTC7 é uma excelente opção para as unidades de produção.

Para os ambientes mais restritivos, compostos pelos solos de menor potencial produtivo, a CTC15 tem proporcionado um ótimo retorno aos produtores, mantendo bons níveis de produtividade ao longo dos cortes. Trata-se de uma variedade com elevada tolerância à seca e com boa estabilidade para ser colhida no meio da safra.

Adicionalmente, a CTC15 tem apresentado tolerância à broca da cana, praga de grande importância na região. Já a CTC17, também rústica, é uma variedade precoce, com boa resposta aos maturadores químicos que permitem o início da colheita nos piores ambientes de produção, em função de sua precocidade.

As vantagens proporcionadas pelas variedades CTC na região de Assis já foram notadas por diversos produtores, como se comprova pelo relato do Engenheiro Agrônomo José Francisco Fogaça, gerente de planejamento da Nova América Agrícola – Unidade de Tarumã-SP: “Estudos internos evidenciaram a necessidade de substituição de algumas variedades que, no passado, foram boas opções para a nossa unidade, e algumas variedades do CTC têm proporcionado tais substituições com vantagens, especialmente pela ótima adaptação à mecanização (plantio e colheita).

Um exemplo disso é a CTC4, a variedade mais plantada em nossos canaviais na safra 2011/2012, que superou nossas expectativas em relação à produtividade e longevidade, incluindo excelente brotação sob a palha. Pretendemos ocupar em torno de 15 a 20 % de nossa área com a CTC4.

Embora o plantio de inverno nunca tenha sido uma tradição em nossa região, realizamos o plantio de alguns materiais nessa época, e a CTC7 se destacou por ser uma variedade de crescimento acelerado, sem florescimento, muito produtiva e rica em sacarose. Além disso, trata-se de uma excelente variedade para o plantio e colheita mecanizados. Nos solos com menor potencial produtivo, estamos expandindo a CTC15 e a CTC17, por apresentarem características semelhantes à CTC4 e à CTC7 e também rusticidade”.

Na Usina São Luiz, de Ourinhos-SP, as variedades CTC também estão em alta, conforme o Engenheiro Agrônomo  Álvaro Barreto Peixoto, gerente agrícola da unidade: “As variedades CTC vêm crescendo na Usina São Luiz, saindo de 2,9% da área em 2008, para 24% do plantel varietal em 2012. Esse incremento de área se deve à boa performance que os materiais CTC têm demonstrado, principalmente no processo de colheita e plantio mecanizados da cultura, resistência a pragas e a doenças e margem de contribuição agroindustrial.

Em campos experimentais, a CTC19 e a CTC20 foram as variedades de maior retorno, em margem de contribuição agroindustrial na média de 5 cortes. Além disso, possuem características agrícolas como ótima brotação no plantio mecanizado, alta produtividade agrícola, boa colheitabilidade e aptidão ao plantio em ambientes edafoclimáticos classificados em  A, B e C, que possibilitam a recomendação de sucesso de plantio em áreas comerciais”.

Região de São José do Rio Preto: As unidades de produção da região de São José do Rio Preto são caracterizadas por ambientes de produção que variam, em sua grande maioria, de médio a baixo potencial produtivo, sendo que o fator mais limitante é o déficit hídrico.

Essas condições exigem manejos específicos de plantio e colheita para a obtenção de melhores resultados agrícolas, principalmente em anos mais críticos. Além disso, a colheita e o plantio mecanizados vêm crescendo em ritmo acelerado, exigindo cada vez mais variedades adaptadas à mecanização e que tenham boa tolerância à seca. Para suprir essas demandas, o CTC disponibiliza ao mercado variedades muito bem adaptadas, com destaque para a CTC2.

Conforme se observa no depoimento dos técnicos da Usina São José da Estiva, Júlio Vieira de Araújo, gerente agrícola, e José Rogério Ribeiro, coordenador da área agrícola: “Considerando que a Usina São José da Estiva atualmente está com 60% do plantio mecanizado e 90% da colheita nesse mesmo sistema, a CTC2 é considerada uma boa opção por ser bastante apta à mecanização.

A Usina São José da Estiva pretende aumentar o percentual da CTC2 no plantel de variedades nas próximas safras, levando em consideração as recomendações de manejo da mesma. Além dessa variedade, as variedades CTC15, CTC18 e CTC20 também estão sendo expandidas na usina”.

Na Usina São José da Estiva, a CTC2 proporcionou 12 toneladas de ATR/ha a mais que a SP81-3250 no acumulado de quatro safras consecutivas, destacando que tanto o plantio quanto a colheita foram realizados mecanicamente.

Outras variedades CTC também estão se destacando na região, com crescimento expressivo de suas áreas de plantio e cultivo. Entre elas, destacam-se as precoces, CTC9, CTC17 e CTC20, e as de maturação média, CTC2, CTC4 e CTC15, que, juntas, representam quase 90% da área cultivada com variedades CTC na região, na safra 2011/2012.

É importante ressaltar que a CTC15, por ser bastante tolerante à seca, vem crescendo aceleradamente em quase todas as unidades da região.

Região de Araçatuba: Nas unidades produtoras da região, observa-se uma busca constante por variedades com resistência às doenças, vigor, rusticidade, tolerância à seca e adaptação à colheita e plantio mecanizados.

Para atender a essas necessidades, algumas variedades CTC têm sido uma ótima opção, como é o caso da CTC2, variedade para ser colhida no meio da safra, que se tem destacado em praticamente todas as usinas por agrupar as características acima e apresentar ótima adaptação em solos de média fertilidade.

Outro material consagrado na região é a CTC4, uma variedade estável e confiável que alia altas produtividades a longevidade dos canaviais, além do alto teor de sacarose e boa tolerância à seca. Na região de Araçatuba, o Grupo Raízen também tem constatado os benefícios oferecidos pela CTC4, conforme depoimento do Engenheiro Agrônomo Rodrigo Vinchi, gerente corporativo do grupo: "Para nossas unidades da região de Araçatuba, a CTC4 vem se consolidando num ótimo material para ser trabalhado em meados de safra, alocada em ambientes de produção intermediários.

Trata-se de uma variedade com excepcional brotação de soqueira e com boa estabilidade de produção ao longo dos cortes, o que é um diferencial importante, levando-se em conta o severo déficit hídrico que comumente afeta essa região do estado”. No grupo Raízen, a CTC4 proporcionou 100 toneladas de cana/ha e 136 kg de ATR/tonelada na média de três cortes, colhidos em junho de 2011.

Outra variedade que vem superando as expectativas na região e respondendo com altas produtividades em todos os cortes é a CTC15, variedade de maturação intermediária, indicada, principalmente, para os solos de baixo potencial de produção e sujeitos ao déficit hídrico.

Nesses mesmos ambientes para colheita no início de safra, a CTC17 vem ganhando espaço por sua rusticidade, precocidade e riqueza. Entre os lançamentos mais recentes, destaque para a CTC20, em função das altas produtividades, excelente brotação de soqueira e longevidade na colheita mecanizada. Pela ausência de florescimento e tolerância à seca, além do porte ereto, a CTC23 é uma boa opção para fechar a safra na região de São Carlos.

A exemplo de outras localidades, a mecanização do plantio e colheita tem ganhado impulso na região. Na safra 2011/2012, 38% do plantio e 58% da colheita foram realizados mecanicamente, e, nesse cenário, as variedades CTC2, CTC4 e CTC15, desenvolvidas sob a mecanização, se sobressaem ocupando o espaço de materiais tradicionais, como a SP81-3250 e RB867515.

Devido à expansão ocorrida nos últimos anos, os canaviais ocuparam áreas marginais, com 70% de ambientes de médio a baixo potencial produtivo, onde a precoce CTC17 e a intermediária CTC15 estão entre os materiais com maiores intenção de plantio dessa safra.

Nos ambientes de alto potencial produtivo, a intermediária/tardia CTC6 e a intermediária CTC20 vêm registrando recordes de produtividade. Os recentes prejuízos causados pelo florescimento ainda assustam os produtores, porém os usuários das variedades CTC2, CTC11, CTC14, CTC17 e CTC19 não foram afetados devido à característica de relutância ao florescimento presente nessas cultivares.

O presente tem mostrado que é possível aumentar a produtividade dos canaviais utilizando variedades mais modernas e com aptidão às tecnologias atuais. As próximas gerações de variedades do CTC trarão consigo ainda mais aderência à crescente demanda por variedades regionais, resolvendo, geneticamente, alguns problemas que ameaçam a produtividade.