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Geraldo Alckmin

Candidato à Presidência da República

Op-AA-04

Álcool brasileiro: a energia limpa para o mercado mundial

O agronegócio é a atividade por excelência do Estado de São Paulo. Gera emprego, distribui renda, impulsiona as exportações e dissemina seus efeitos positivos por toda a cadeia produtiva. O agronegócio representa quase 40% do PIB paulista. O setor sucroalcooleiro é o principal vetor deste fantástico ramo de nossa economia e São Paulo é o maior produtor de açúcar e álcool do mundo.

No último ano, a cana-de-açúcar foi o principal produto da agropecuária paulista. Somente ela contribuiu com R$ 7,3 bilhões (27,1%) do total da produção agropecuária estadual, que atingiu R$ 26,9 bilhões. As exportações de álcool mais do que triplicaram entre 2003 e 2004, passando de 656 milhões de litros para 2,4 bilhões de litros. O complexo sucroalcooleiro é um dos principais itens de nossa pauta de exportações: em 2004, ele alcançou US$ 3,14 bilhões em vendas externas.

Com resultados extremamente positivos e perspectivas promissoras para o futuro imediato, o agronegócio só tem gerado boas notícias para a população paulista e brasileira. No plano internacional, com o Protocolo de Kyoto fixando parâmetros para a emissão de gases poluidores, biocombustíveis como o álcool serão favorecidos, abrindo a possibilidade de grandes mercados para o etanol, como o Japão, por exemplo.

Em agosto de 2004, visitei o Japão e um dos assuntos mais importantes que discuti com o primeiro-ministro Junichiro Koizumi foi justamente o futuro da produção e da comercialização do etanol. O chefe de governo japonês mostrou-se muito interessado em conhecer a experiência brasileira na produção de álcool como combustível e seu impacto na redução do efeito estufa.

Posteriormente, em sua visita a São Paulo, em setembro de 2004, ele fez questão de conhecer pessoalmente nossas estruturas de produção, sobretudo na região de Ribeirão Preto, onde sobrevoou plantações e conheceu uma usina de beneficiamento.  Ele ficou vivamente impressionado com o que viu e disse-me ter ficado tocado pela “transbordante vitalidade” de São Paulo.

O Japão aprovou lei que autoriza adicionar 3% de álcool à gasolina, o que abre maiores perspectivas para nossas exportações. Para estimular ainda mais a competitividade do setor e a geração de emprego e renda - além de desestimular a distribuição clandestina no estado, propusemos à Assembléia Legislativa a redução pela metade do ICMS para o álcool hidratado, de 25% para 12%.

A Assembléia aprovou o projeto ao final de 2003 e nós o sancionamos em dezembro do mesmo ano. De lá para cá, obtivemos um aumento de até 7% na arrecadação estadual. Somente a BR Distribuidora viu suas vendas de álcool hidratado crescerem mais de cinco vezes, no mesmo mês em que a redução foi regulamentada.

São Paulo criou, ainda, a Câmara Setorial Especial de Biocombustíveis. Sua finalidade é definir parâmetros e medidas para o estabelecimento de segmentos produtivos de biocombustíveis competitivos nos agronegócios paulistas, com ênfase nas oportunidades representadas pelo álcool e o biodiesel. A câmara almeja também consolidar as propostas de projetos estratégicos para esses combustíveis, envolvendo desde a geração de inovações tecnológicas até proposituras de mecanismos de financiamento para impulsionar a produção estadual.

Mais recentemente, em março de 2005, o Governo do Estado inaugurou o Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio da Cana-de-Açúcar, vinculado ao Instituto Agronômico em Ribeirão Preto. Seu propósito fundamental é trabalhar no sentido de desenvolver ainda mais a produtividade da cana de açúcar.

Atividades como controle de ervas daninhas, adubação da terra, nutrição, gestão de sistema e melhoramento genético estão entre as atribuições do Centro APTA, ferramenta institucional que o Governo estadual implementa com vistas ao aprimoramento qualitativo e quantitativo deste produto agrícola. Ao lado das excelentes perspectivas internacionais para o álcool, ele também tem ótimas perspectivas domésticas, especialmente, quando se leva em conta o significativo incremento na procura por veículos bicombustíveis.

Apenas um fato dá conta desta conjuntura propícia: mais de um quarto de todos os automóveis comercializados no País, em 2004, já saíram de fábrica equipados com motor capaz de funcionar com álcool puro, gasolina, ou com uma mistura de ambos combustíveis. O Governo de São Paulo está, assim, sempre atento às boas oportunidades que surgem para o nosso dinâmico setor produtivo. Ele será sempre um parceiro interessado e atuante em todas as atividades que contribuam para o desenvolvimento do País e a melhoria da qualidade de vida de nossa gente.