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Edilberto Bannwart

Diretor de Sustentabilidade da Tereos Açúcar e Energia Brasil

AsAA17

Ciclo Virtuoso
Os desafios que temos pela frente para a sustentabilidade do planeta são importantes e urgentes. É preciso conhecimento, capacidade de análise de riscos potenciais, além de força realizadora para fazer pender a balança para o caminho das soluções. 
 
É imperativo para as comunidades e para as corporações entender que melhores práticas da sustentabilidade agregam um inestimável valor a produtos e experiências e, além disso, são um caminho sem volta. A Tereos é uma líder global que atua nos mercados de açúcar, etanol/biocombustível, bioenergia, álcool e amidos.

Os compromissos do grupo com a sociedade e com o meio ambiente têm contribuído com a performance da companhia no longo prazo, enquanto reforça a atuação responsável. Nossa ambição é ser a mais competitiva, ágil e respeitada empresa do Brasil no setor sucroenergético, na avaliação de nossos parceiros de negócios, clientes, funcionários e em resultados financeiros. Para isso, todas as operações administrativas, industriais e agrícolas da companhia são monitoradas em todos os aspectos, sobretudo no ambiental.
 
A nossa atuação é pautada por uma efetiva política sustentável. Consideramos toda a abrangência do conceito da sustentabilidade e procuramos estendê-lo a todas as etapas de nossa cadeia produtiva: desde o campo, até a entrega de nossos produtos, açúcar, etanol e energia, aos nossos clientes. Na Tereos, a sustentabilidade é baseada em cinco pilares: agricultura sustentável, indústria e logística positiva, garantia dos produtos, desenvolvimento local, nutrição e saúde. 
 
A visão de sustentabilidade da companhia envolve a produção de matérias-primas, o gerenciamento dos processos industriais, administrativos e comerciais, a qualidade dos produtos, o relacionamento com a comunidade, a preservação ambiental e a satisfação dos clientes e acionistas. A palavra-chave para que essa política seja colocada em prática de maneira eficaz é integração.
 
Essa visão permeia cada fase da produção e distribuição dos nossos produtos, envolvendo os diversos atores da cadeia. A própria cultura da cana-de-açúcar é um ciclo virtuoso, no qual nada se perde. Além do açúcar, a cana se transforma em biocombustível e energia, contribuindo cada dia mais com a matriz energética brasileira. O Brasil é um dos países com maior participação das energias renováveis – atualmente elas representam mais de 44% da matriz energética do País. Para se ter uma ideia, somente os produtos da cana-de-açúcar são responsáveis por 15,7% de toda a oferta de energia do País.
 
Além do etanol, a produção de bioeletricidade é uma das atividades mais promissoras da indústria sucroenergética. A cogeração de energia a partir do bagaço da cana é suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 1 milhão e meio de habitantes. Se considerarmos expectativas e necessidades urgentes além de nossas fronteiras, fica ainda mais evidente o desafio brasileiro. Estamos quase às vésperas da 23ª Conferência das Partes (COP23) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontece de 6 a 17 de novembro, em Bonn, na Alemanha.

Para entendermos a importância desse encontro, é preciso voltarmos à COP21, que aconteceu em Paris em 2015, na qual 195 nações firmaram o Acordo do Clima, visando reduzir a emissão de gases que promovem o efeito estufa e ameaçam a sustentabilidade do planeta. O Brasil se comprometeu a diminuir em pelo menos 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030, comparados a 2005.

Para alcançar a meta, o governo brasileiro criou o RenovaBio, um programa lançado pelo Ministério de Minas e Energia em dezembro de 2016, que já conta com o apoio dos Ministérios do Meio Ambiente, Agricultura e Relações Exteriores, governadores e representantes da sociedade civil. O cerne da proposta é a priorização dos biocombustíveis no Brasil baseada na previsibilidade, na sustentabilidade ambiental, econômica e social, e compatível com o crescimento do mercado. Dessa forma, além de contribuir para o objetivo global, o Brasil deixaria de importar grandes quantidades de combustíveis fósseis que são mais poluentes.
 
O RenovaBio é baseado no conceito de meritocracia do combustível, em sua capacidade de contribuir positivamente com o meio ambiente, analisando a eficiência energética x as emissões de gases durante todo o ciclo de produção e consumo. Com o RenovaBio, as usinas são certificadas de acordo com sua performance ambiental e emitem créditos de descarbonização que serão negociados na Bolsa. Um projeto de longo prazo, que não demanda aumento de impostos e que efetivamente vai tornar a matriz energética brasileira ainda mais limpa.