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José Rubens Turini

Diretor Presidente da Fertron

Op-AA-10

Porque automatizar e que tecnologia utilizar

Pouco se fala a respeito de automação industrial. Quais suas vantagens? Se vale a pena investir? Como ter certeza do retorno do investimento realizado? No que especificamente investir? Qual fabricante escolher? Produto nacional ou importado? A dúvida fica mais evidente para quem desconhece as vantagens e a facilidade que a automação traz ao processo, servindo como ferramenta na solução de 9 entre 10 problemas industriais. Mas, o que é, afinal, a automação industrial?

É um conjunto de técnicas baseadas na interação entre máquinas e programas, com objetivo de executar tarefas previamente estabelecidas pelo homem e controlar seqüências de operações, sem a intervenção humana. As principais vantagens para investir em automação são: continuidade operacional, segurança no trabalho, redução de riscos ambientais, ampliação da produtividade e da qualidade e melhoria da competitividade no mercado.

A automação começou a ganhar impulso no Brasil no início dos anos 90, com o fim da reserva de mercado de informática, aliada à abertura comercial e à globalização. Porém, pesquisa realizada pela Abinee, Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica, demonstra que no primeiro semestre deste ano este foi um dos setores da indústria que mais cresceu e que mais contratou no país.

A competição cada vez mais acirrada, enfrentada pelo setor produtivo no mercado globalizado, transformou a automação industrial em um dos principais requisitos para o desenvolvimento econômico do país e para uma participação mais eficiente da indústria brasileira no mercado internacional. As empresas que mais investem em automação são as indústrias siderúrgicas, de papel e celulose, sucroalcooleiras, petroquímicas, de geração, transmissoras e distribuidoras de energia elétrica, as fornecedoras de gás natural e outros combustíveis, as de citrus, entre outras.

A escolha do projeto e da tecnologia a ser aplicada é um ponto importante a ser a ser analisado. O primeiro passo é identificar pontos que não operam adequadamente e que prejudicam o fluxo da linha de produção. Em seguida, é necessário idealizar como se gostaria que o processo ou sistema funcionasse, ou seja, qual é o performance industrial desejado. A terceira etapa avalia, através da técnica de campo, todos os pontos de controle que devem ser automatizados.

Esta fase influencia diretamente na escolha da tecnologia que deve ser aplicada, e, por fim, especifica-se o hardware e software de automação que possa melhor operar o sistema. Há diversas tecnologias no mercado e o engenheiro responsável pelo projeto deve considerar a busca da integração total do processo, para que a opção escolhida não limite futuras expansões do sistema.

O Brasil já possui diversos equipamentos e instrumentos fabricados em território nacional e a tendência, em curto prazo, é um aumento ainda maior. Ao contrário do que acontece em outros segmentos de indústrias de processo, em que a automação é um valor agregado a projetos turn key, o setor sucroalcooleiro está esboçando cada vez mais reconhecimento aos benefícios proporcionados pela automatização completa das usinas.

Há alguns anos, passou a ser observado no setor, um maior interesse por automação de sistemas, o que está demandando crescentes investimentos por parte das usinas. Alguns fornecedores acreditam que isso só está acontecendo porque se consolidou no segmento canavieiro o reconhecimento da contribuição da automatização para otimização financeira das unidades.

Atualmente, muitas plantas industriais do setor sucroalcooleiro encontram-se em um processo de planejamento estratégico, para implantação de um sistema integrado de controle de processo. Com a enorme facilidade para aquisição de softwares e hardwares de alta performance e de alta confiabilidade é cada vez mais crescente a opção de controles baseados em sistema cliente/servidor, onde todos os CLP’s distribuídos pelas áreas comunicam-se, através de uma rede gerenciável, com 2 servidores redundantes. Esta arquitetura é hoje uma das tecnologias mais utilizadas em ambientes corporativos.

Com o aumento do poder de processamento dos microcomputadores, os fabricantes de programas começaram a desenvolver bancos de dados cada vez mais poderosos, sistemas operacionais mais rápidos e flexíveis e redes locais. Com a integração de todos os setores em uma única sala de operação, em um Centro de Operações Integradas, os gestores de cada área interagem cada vez mais com todo o processo.

As tecnologias disponíveis para as redes de chão de fábrica estão distribuídas, conforme tabela ao lado. Essas redes são usadas para integrar os equipamentos de uma determinada área de processo. Cada uma adota o tipo de rede mais adequada para si, levando-se em conta o tipo de equipamento que utiliza e os requisitos da atividade que executa.

Estes setores devem estar interligados, para que seja feita a coordenação das atividades e a supervisão do processo produtivo, como um todo. Não existe um único tipo de rede que seja capaz de atender a todos os requisitos de todo ambiente industrial. Os recursos oferecidos por essas tecnologias coloca-nos no estado-da-arte da automação mundial, porém alguns pontos devem ser citados para concluirmos essa dissertação, assim, os pré-requisitos para a equipe de instrumentação e TI, Tecnologia de Informação, são mais direcionados para o conhecimento do processo, aliado ao conhecimento de manipulação de ferramentas de software. O papel do instrumentista passa a ser o de gestor de sistemas. Pesquise, compare, planeje e decida pelo que é melhor para sua empresa.