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Dib Nunes Junior

Presidente do Grupo Idea

Op-AA-42

Por que não, presidenta?

O Brasil é hoje um país dividido ao meio após as últimas eleições para Presidente da República. O candidato da mudança por muito pouco não conseguiu vencer as eleições por apenas 3,28% dos votos válidos, ou melhor, por metade disso mais um voto já seria o suficiente para fazer o País retornar para o rumo da prosperidade e da paz entre cidadãos.

A ideologia marxista bolivariana do PT venceu o liberalismo democrático à custa de verdadeiras táticas antiéticas de guerrilha, distorcendo fatos e verdades, desconstruindo personalidades e promovendo verdadeiro terrorismo sobre os pobres coitados dependentes do programa Bolsa Família, além de abusar do seu poder, escondendo dados importante sobre a economia, meio ambiente e mentindo sobre aumentos da energia elétrica que deve afetar a todos os brasileiros.

Numa campanha onde o marketing político superou as poucas propostas de governo, aliás, a vencedora sequer apresentou um plano de governo para consertar o que errou, dando a entender que não pretende mexer em sua fracassada e destrutiva política econômica. Seus quatro anos de governo afugentaram investidores, desestimularam os empresários nacionais e trouxeram muita insegurança aos brasileiros que realmente trabalham e pagam impostos para sustentar a gastança e o desperdício dos donos do poder.

Os empresários que não são amigos do poder estão desesperados, pois a inflação e os juros estão em alta, a confiança, em baixa, a crise financeira pegando pesado, as classes sociais se rivalizando, a opinião pública indignada, e a corrupção correndo solta em ministérios, órgãos públicos e nas empresas do governo, como na “nossa” querida Petrobras.

O governo, após a reeleição, parece mais preocupado em emplacar o controle da mídia e das redes sociais; alterar o tempo de aposentadoria de juízes; desmoralizar pessoas de bem, como o atual superintendente da Polícia Federal; criar grupos armados para desestabilizar o campo e a cidade, conclamando à luta armada; tentar implantar conselhos populares para desestabilizar os poderes legislativo e judiciário; criar a poupança fraterna, na qual haveria uma retenção compulsória de salário de quem ganhar mais do que R$ 9 mil; aumentar o número de ministérios para encaixar mais apaniguados políticos; esconder as falcatruas delatadas de corrupção ativa; proteger os maus políticos que dão sustentação aos atuais donos do poder; iludir as chamadas classes de “excluídos” ou “discriminados”, escolhidos por serem facilmente manipuláveis pelos autores de tão sórdido projeto de poder dessa elite instalada no poder há doze longos anos.

Temo pelo que possa vir a acontecer com o nosso País neste momento em que estamos dando mais quatro anos a pessoas que têm perigosas ideias de guerrilha. Querem acabar com nossa frágil democracia e implantar uma ditadura bolivariana de esquerda, idêntica à praticada na decadente e conturbada Venezuela e na aniquilada Cuba. Diga-se de passagem, países onde a indústria e o livre comércio acabaram completamente. Lá a indústria açucareira já faliu faz tempo. Essa seria a intenção do atual governo?

Dentre os setores da nossa economia que mais estão sofrendo, coincidentemente é o sucroalcooleiro, ou, como já está sendo conhecido mundialmente, sucroenergético, pois produzimos energia limpa e renovável com muita competência. O setor é vítima de várias ações danosas por parte do Governo Federal, como o congelamento branco de preços dos combustíveis por longos cinco anos; aplicação de castigos duríssimos, como a elevação dos preços do óleo diesel, nosso principal insumo; a imputação da CIDE somente sobre os preços do etanol; importação de gasolina  cara, em vez de estimular o consumo do etanol na enorme frota de mais de 20 milhões de veículos flex-fuel; achatamento dos preços da bioeletricidade nos leilões de energia; estímulo a termoelétricas movidas a combustível fóssil e a gás da Bolívia, quando poderíamos estar incrementando um projeto inédito de produção de energia a partir dos resíduos da cana.

Durante os debates na TV, vi uma candidata fugindo de perguntas sobre o setor sucroenergético, e, nas suas propostas de “mudanças”, não saiu um único aceno a esse importante segmento da economia, que produz renda de forma direta e indireta para mais de 2,5 milhões de pessoas,  em mais de 1.200 municípios. Se fosse possível, gostaria de manter um rápido diálogo com essa senhora para lhe mostrar o que está perdendo, ou melhor, destruindo.

Nas entrelinhas da nossa conversa, algumas frases seriam: Por que está fazendo isso, Presidenta? Quem está lhe influenciando tanto? O que foi que o setor sucroenergético lhe fez? Por que demonstra tanto ódio e aversão a um setor que já apoiou o Lula em duas eleições? Alguma vez já mentiram para a senhora? Maltrataram-na? O que foi que aconteceu? Conta pra mim, por que está agindo assim?

A senhora diz que quer diálogo com a sociedade e com a oposição e age de forma inversa, dando mostras de querer prejudicar ainda mais o setor. Veja, este último ajuste que deu à gasolina foi ridículo, 3% apenas e, ao óleo diesel, 5%. Da última vez, reajustou a gasolina e o etanol em 5% e deu 11% para o diesel. Seria só porque o diesel não entra na conta do IPCA?

E os setores que utilizam esse insumo para produzir e distribuir, não terão reflexos nos preços de mercado? Acho que seus economistas são enormes “caras de pau”, pensam que somos todos idiotas, não é possível achar que podem controlar a inflação com essas atitudes...  Em vez de querer criar conselhos revolucionários ditos populares, por que não cria conselhos desenvolvimentistas formados por empresários e consultores ligados à área de produção?

Tenho certeza de que daria um ótimo resultado para montar uma política de longo prazo com regras do jogo claras, que estabilizaria a economia, promoveria o desenvolvimento, e todos saberiam os rumos que o País tomaria. Um projeto de crescimento sustentado. É verdade que muitos já tentaram e falam sobre isso, e é difícil estruturar tudo com tantas correntes de pensamento, porém tenho certeza de que é muito melhor do que promover o ódio e a desavença entre as diversas camadas da sociedade, como estão procedendo.

O Brasil não tem vocação para o comunismo ou qualquer regime dito socialista, que nada mais é do que um projeto ditatorial de poder. Isso já foi tentado por vários países e, em nenhum deles, deu resultado, só causou muita morte, destruição e miséria. Ouça-nos bem, Presidenta, analise nossa situação, não queremos derrubá-la, queremos ajudar a construir uma nação próspera e sem grandes diferenças sociais.

Somos favoráveis a uma melhor distribuição de renda aos mais pobres, porém não queremos torná-los dependentes, e sim emancipá-los, proporcionando todo o conhecimento e as condições favoráveis para crescerem como cidadãos dignos na sociedade. Pare de dar ouvidos aos Gilbertos Carvalhos, Franklins Martins, Ruis Falcões, Marilenas Chauis, Marcos Aurélios Garcias, etc., etc. e etc.

Presidenta, gostaria de lhe fazer uma proposta sincera: Quero levá-la para conhecer um pouco mais do setor sucroenergético, e a senhora verá que setor maravilhoso está desprezando. Somente para lhe dar uma rápida ideia do que somos capazes de fazer, gostaria de citar o seguinte: Podemos crescer a uma taxa de 10% ao ano e já provamos isso; com novos investimentos, daremos grandes respostas, pois, apesar de tudo, o setor ainda está estruturado.

Podemos promover o desenvolvimento social nas regiões onde se acham as indústrias sucroenergéticas. Podemos reabilitar regiões onde há poucas opções de desenvolvimento. Hoje, no Brasil, existem mais de 75 mil produtores independentes de cana-de-açúcar em situação pré-falimentar. Podemos aumentar a arrecadação de muito mais impostos. Podemos gerar milhares de novos empregos para os jovens do Pronatec e do Prouni. Podemos respeitar e continuar a cuidar do meio ambiente.

Podemos contribuir para baixar o atual déficit da balança comercial, que não para de aumentar. O setor sucroenergético movimenta mais de US$ 45 bilhões anualmente, metade disso em exportações. Podemos ajudar a trazer de volta o otimismo e os investimentos. Podemos evitar desperdícios de divisas com importação de gasolina. Podemos ajudar a despoluir os grandes centros urbanos.

Podemos gerar energia elétrica suficiente para garantir o crescimento do País, evitar aumentos abusivos de preços e prováveis apagões. Podemos produzir mais alimentos para baratear a comida na mesa dos brasileiros. E podemos, com todo o respeito, voltar a nos entender e colaborar para que Vossa Excelência recupere a credibilidade perdida em seu governo.

Prezada Presidenta, quero, por último, perguntar-lhe: por que não tentar? Baixe a guarda, queremos paz e não luta armada; vamos construir juntos um País justo e seguro para nossos descendentes. Queremos voltar a ter orgulho de sermos brasileiros. Dê-me aqui um abraço reconciliador. Que Deus a ilumine!