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Andréia Cristina Luchetti

Coordenadora de Meio Ambiente e Qualidade da Usina São João de Araras

AsAA20

...os desafios e nosso etanol...
Existe, no Brasil, a preocupação com o impacto ambiental associado à criação de políticas de incentivo do setor sucroenergético - por exemplo, o RenovaBio, que veremos mais adiante -, tendo diversas fases até a implantação e continua como carro chefe a trabalhar sustentavelmente, pois não dá para dissociar isso da preservação da própria vida.

O conceito “sustentabilidade”, atualmente, no entanto, é bem mais amplo. Com o aumento de incertezas econômicas e com o surgimento da pandemia, esse conceito, definitivamente, voltou-se para “dentro”. É dentro de casa que temos que continuar a manter as práticas ambientais já consolidadas.

Não se perde de vista este ano promissor com o programa RenovaBio, em dois momentos: sem pandemia e com pandemia. No primeiro semestre, tínhamos nossas agendas tomadas com as auditorias que certificam toda a cadeia produtiva de alimentos e meio ambiente, que tomou uma forma diferente, sendo um pouco atípico com a chegada de um vírus, e com todas as adversidades recorrentes ao longo dos meses de pandemia.

Recordo-me de uma abordagem de certificadora no segundo trimestre, iríamos tratar as práticas ambientais e sociais na ocasião, e a resposta foi: “vamos nos adaptar e continuar trabalhando como fazemos toda manhã”. Houve momentos do “novo não conhecido” em que certificadoras de selos ambientais e de qualidade estiveram esperando como “iriam tocar tudo isso”.

A primeira manifestação das certificadoras foi adiar para o segundo semestre as realizações de auditorias de processos para certificações. Pois bem, ali iniciava um novo jeito: iria ser remota? Como atestar um sistema de gestão ambiental a distância? Essas e outras inúmeras questões eram indagadas, e, com tudo isso, não nos abatemos, continuamos em nosso dia a dia protegendo o meio ambiente e assegurando um alimento para o consumidor.
 
Enfim, chegou o segundo semestre, e ser auditado por terceira parte tomou proporções adaptáveis, ora sendo remotamente, ora presencial, com todas as medidas preventivas de distanciamento, uso de mídia, fotos, filmes, podcast, ou seja, a criatividade modelou cenários. Enquanto diretrizes nacionais receberam alterações, mantemo-nos firmes aos cuidados e práticas em nosso meio ambiente, e a realização do plano segue junto aos orçamentos designados.
 
Quase terminando a safra, mantemos a rigor práticas do RenovaBio, lei que possui o objetivo de reduzir as emissões de CO2 por meio do aumento da capacidade de biocombustíveis (etanol) para atender a metas do Acordo de Paris, que auxilia na descarbonização com desenvolvimento ambiental e econômico, conforme as leis que o rege.

E também mantemos atrelados ao Etanol mais Verde: a eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar, a proteção das áreas ciliares por sistemas informatizados, de acordo com os termos ambientais, e ainda conta com espécies nativas de origem.

Há dois viveiros na USJ onde elas serão utilizadas na restauração e na conservação de solo, tudo isso apoiado pelo manual de conservação do solo da Secretaria do Estado: o aproveitamento dos subprodutos tem finalidades de serem reaproveitados, o que fomenta o desenvolvimento econômico junto com a preservação ambiental, a conservação e o reúso de água; boas práticas no uso de defensivos; proteção à fauna (os colaboradores são treinados para proteger a fauna silvestre, e também são realizados estudos de monitoramento de animais na região); e prevenção de combate a incêndio, que conta com recursos estruturais de brigadistas para essa finalidade.

Mesmo com tantos desafios, nosso etanol está disponível e certificado, contribuindo para o meio ambiente, melhorando a qualidade do ar e gerando renda no campo.