As empresas do ramo sucroenergético seguem, incansavelmente, em busca dos aumentos de performance e de qualidade das suas operações, basicamente para se tornarem mais competitivas e aumentarem suas margens, por, necessariamente, estarem à mercê do mercado como direcionador dos preços de seus produtos.
Para isso, torna-se necessário entender as oportunidades dentro dos seus processos e, através de um planejamento de melhoria contínua, encontrar soluções para otimizar suas atividades, de forma inteligente, com o menor custo, obtendo o maior benefício.
Ao longo da história da Cerradinho Bioenergia, que, em 2020, se consolida com a sua 11a safra, o grupo sempre estruturou cada passo da sua trajetória na busca por geração de valor, de forma sustentável e com satisfação dos colaboradores em fazer parte de todo resultado, investindo tanto na capacitação e no desenvolvimento dos seus colaboradores como nas técnicas agronômicas e nas tecnologias, valorizando princípios voltados a inovações, pioneirismo e melhoria contínua.
Com todos esses esforços e com a visão de vanguarda, em 2020, se mantém por 8 safras consecutivas como a usina de maior produtividade agrícola no estado de Goiás, pelo ranking de classificação do grupo IDEA/CTC. Os desafios do grupo foram inúmeros desde a sua implantação em Chapadão do Céu-GO, no ano de 2007, enfrentando a cultura da região, até então consolidada pelo cultivo de grãos e com poucos estudos voltados para cana-de-açúcar no bioma cerrado.
A contratação de terras para o cultivo de cana foi, ao longo do tempo, restringindo-se aos ambientes com potencial produtivo inferior, necessitando, assim, que a equipe agrícola se reinventasse, encontrando mecanismos para potencializar os resultados desses ambientes. O sucesso na formação da lavoura é fundamental para o ciclo econômico da cultura e, principalmente, para expressar o seu máximo potencial produtivo.
Partindo do planejamento da melhor sistematização da área e do preparo de solo, é preciso aliar práticas conservacionistas, de acordo com o ambiente de produção, e, em um processo de melhoria contínua, ser aperfeiçoado ao longo das novas experiências. As condições, principalmente, de relevos planos, em grande parte da região, permitem a adoção de práticas mais eficientes no uso do solo, abrindo oportunidade para novos padrões de manejo, empregando as práticas conservacionistas que permitem elevada produtividade da mecanização e aproveitamento de áreas.
Diante desse cenário, pode-se usar menor quantidade ou extinguir as curvas de nível, viabilizada pelo manejo racional de solo, através do aumento da capacidade de infiltração, retenção e absorção de água no sistema decorrente da prática de subsolagem em faixas (canteirão de 2,3m) e posicionamento de caixas de contenção ao longo dos carreadores, para retenção das águas pluviais, consorciando isso a um manejo eficiente de rotação de cultura com leguminosas, trazendo benefícios mútuos, como cobertura vegetal ao solo no período chuvoso, promoção do aumento da disponibilidade de nitrogênio no solo pela fixação biológica e, consequentemente, redução da necessidade de adubação nitrogenada na implantação da cultura, através do plantio direto sobre a área rotacionada.
A adoção de manejos com resíduos orgânicos, além de sustentável, faz toda a diferença nessa fase, visto a baixa CTC e níveis de matéria orgânica dos solos de cerrado. O trabalho de sistematização aliado a ferramentas de colheitabilidade possibilitam ganhos significativos na redução de custos de CTT, e muitas ferramentas de modelagem nesse sentido estão disponíveis para melhores tomadas de decisões.
Sabendo que os esforços são direcionados para uma boa formação do ambiente para implantação da cultura, é fundamental a antecipação dos demais processos que interferem no resultado, a exemplo da boa condução dos viveiros de muda, sendo imprescindível estar livre de pragas, doenças e misturas varietais, e, para isso, o monitoramento deve ser constante.
A operação de plantio de cana, cada vez mais, vem passando por constantes refinamentos, no sentido de garantir bom stand na busca por longevidade e produtividade, seja pelo aspecto operacional com maior nível de conhecimento das equipes ou novas tecnologias para aumento de performance, aliado a maior precisão e redução de custos. Aqui, sem dúvida, a estratégia antecipada e o planejamento prévio são cruciais para todo o ciclo da cultura, além de sustentar o plano de médio e longo prazo da empresa.
A escolha de variedades desenvolvidas e selecionadas para expressar o máximo potencial produtivo é fruto de um trabalho intensivo de experimentação que permite decisões consistentes para encaixe correto dos materiais adaptados a clima, ambiente, janela de colheita, mecanização, pragas e doenças, entre outros.
Vale ressaltar, também, o manejo de plantas daninhas, cujo programa “Combate ao Mato/Cana Limpa” foi implantado 6 anos atrás. Através de monitoramentos frequentes, o banco de dados permanece sempre atualizado, possibilitando as estratégias mais assertivas na redução do banco de sementes e monitoramento preciso para ervas de difícil controle.
Nesse manejo e também para pragas, as soluções tecnológicas que permitem tomadas de decisões rápidas e de melhor custo x benefício estão em franco desenvolvimento. Outro programa de peso dentro da Cerradinho, implantado em meados de 2015, foi o “Vigor Total”, que propicia um direcionamento de várias iniciativas voltadas a garantir melhores teores de nutrientes para cada tipo de ambiente, passando por diversas formulações e alternativas de adubação, analisando sempre o retorno sobre o capital investido.
Em grande parte das formulações, um mix elaborado de organomineral. As operações de colheita e transporte são etapas fundamentais para o sucesso da cadeia produtiva, dentro do viés de aumento de margem de lucro. Sendo a maior concentração dos custos de produção da cana, essas operações, além de serem monitoradas 24 horas por dia por uma Central de Operações Agrícola (COA), para atendimento das exigências de performance operacional, devem seguir padrões de qualidade para não interferir nos rendimentos dos cortes subsequentes dos canaviais; com isso, são adotados programas de monitoramento, como o “Viva Cana”, que tem como premissa evitar o pisoteio no canavial, controlando o tráfego das colhedoras e tratores dentro dos talhões, durante a colheita e o deslocamento.
O pioneirismo na adoção de novas tecnologias na colheita, explorando o máximo potencial produtivo de cada equipamento e equipe com alto engajamento, permitiu à Cerradinho alcançar um dos maiores rendimentos de colhedora do País (ton/máq/dia), o que leva também a um custo de CTT muito competitivo. De maneira geral, todo resultado e trabalho realizado estão em constantes transformações e aptos a adaptações e melhorias rápidas, e isso possibilita à Cerradinho uma visão de futuro com muito potencial a ser explorado, sabendo que nossos colaboradores são o alicerce para todo e qualquer crescimento.