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Álvaro Menoncin e Deonir Gasperin

Volvo do Brasil

Op-AA-03

Logística de transporte

Os principais derivados da cana, açúcar e álcool, têm sido requisitados pelo mercado mundial em volumes de escala jamais vistas, seja para alimentação, como aditivo de combustíveis, na indústria química ou na geração de energia. Cada vez mais, um número maior de países estimulam a adoção de combustíveis renováveis, justamente por conta das propriedades deste produto: cada tonelada de cana tem o potencial energético de 1,2 barril de petróleo.

Maior produtor mundial, seguido por Índia e Austrália, e detentor de avançada tecnologia nesta área, o Brasil desponta neste segmento pela amplitude do negócio e pelo nível tecnológico alcançado na produção, tanto agrícola com industrial. Os volumes  atingem níveis até há muito pouco tempo impensáveis. Capitalizado pelos resultados dos últimos anos, o negócio sucroalcoleiro, apesar de alguns momentos de perturbação, chega agora a um período de fortes investimentos em expansão e modernização.

Entretanto, o país pena com suas deficiências de infra-estrutura. A ameaça do chamado apagão logístico paira no ar e o setor se preocupa como nunca em desenvolver o escoamento de seus produtos, dentro e fora dos limites de suas fazendas, visando minimizar custos e garantir a segurança de suas operações. Nesta situação destacam-se os melhores planejamentos e os que têm visão de futuro.

Soluções de transporte que contemplem a maximização de escala são as mais indicadas. Elas minimizam custos, contribuem para o controle de tráfego e para a redução de congestionamentos no transporte interno, principalmente, nos pontos de carga e descarga. Nos transportes internos, o estoque sobre rodas torna-se realidade, contribuindo para a qualidade da cana esmagada.

No transporte local, a baixa densidade da cana que gera a necessidade de grandes caixas de carga e/ou grandes composições tende a ganhar ainda mais enfoque, na medida em que se fala no alto potencial de geração de energia a partir da queima da palha da cana, o que demandará o transporte da cana completa. O transporte rodoviário, caracterizado pelo uso de materiais de razoável densidade, porém de grande demanda, necessita de composições que maximizem a carga útil por unidade transportada por grandes distâncias.

Em geral, estas grandes composições, corretamente dimensionadas,  tem custo mais baixo por tonelada transportada, consomem menos diesel, causam menor impacto ao meio ambiente e dinamizam o transporte. Tradicional fabricante de caminhões altamente adequados para esta aplicação, a Volvo é um grande parceiro provedor de soluções de transporte.

As diferentes possibilidades de composições montadas em nossos veículos contribuem para a otimização das operações de transporte, tanto nas fazendas como no transporte rodoviário, possibilitando maximização, como nas unidades de transportes: manutenção, controle e logística de movimentação. Nas fazendas, composições de alta capacidade de volume e carga, como o rodotrem e o treminhão, por exemplo, transportam grandes fluxos de cana.

Nas rodovias, composições que maximizam a possibilidade de carga legal, como o bitrem e o rodotrem, mostram eficiência nas operações de transporte. Dentro desta complexidade logística, ferramentas da mais alta tecnologia tornam-se necessárias para o trabalho: caminhões eletrônicos, com módulos eletrônicos em rede - não somente o motor, com capacidade de autodiagnóstico, armazenamento de dados e enorme interatividade com o motorista e controladores, facilitando enormemente o gerencia-mento dos dados  - Trip Manager, e o rastreamento e comunicação por satélite - Volvo Link, permitindo o melhor controle de frota.

A atividade canavieira desponta como um dos segmentos mais promissores do agronegócio dos próximos anos. Sua maior expansão segue a partir do interior de São Paulo, envolvendo o norte do Paraná, o Triangulo Mineiro, o Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás. Algumas empresas, como a Usina Santa Elisa, vêm se destacando na utilização destas tecnologias e composições, mostrando a evolução das frotas, a crescente utilização da logística e os ganhos daí decorridos.

Para assegurar a utilização deste transporte de forma maciça, faz-se necessário que o setor atente para a necessidade de envolvimento com o grupo de estudo do Denatran que discute as possibilidades futuras dos chamados CVC’s, onde como resultado poderá se ter o embasamento de uma futura resolução definidora das possibilidades legais de formação de composições pesadas.